Barcos virão e novas trarão!

A fortificação da ilha do Faial foi decisivamente impulsionada em 1567, durante a regência do Cardeal D. Henrique, quando o arquiteto militar italiano Tommaso Benedetto delineou o plano defensivo da ilha, mas foi no período de 1570-1583 que foi especialmente incentivada de forma a defender o Faial do invasor castelhano.

Contexto histórico

O Porto da Horta, inicialmente situado na baía de Porto Pim e posteriormente na baía da Horta, destaca-se como um abrigo excepcional devido às suas características naturais e à sua posição estratégica nas rotas transatlânticas. Inicialmente impulsionado pela exportação do pastel, ganhou relevância como ponto de escala para navios provenientes das Américas após o declínio da rota do Cabo e do porto de Angra.

As medidas de fortificação foram implementadas a partir da década de 1560-70, sob influência do arquiteto militar Tommaso Benedetto, mas não conseguiram impedir invasões e saques que afetaram significativamente o património do Faial.

Neste roteiro vai encontrar marcas e vestígios das vivências dos séculos XVI e XVII

Forte de Santa Cruz

Projetado por Tomasso Benedetto em 1567, o Forte de Santa Cruz era a única estrutura defensiva com alguma relevância arquitetónica na baía da Horta no final do século XVI, mas apesar disso a sua ação dissuasora era reduzida. Só mais tarde, com a construção do Forte da Alagoa e da muralha que os unia, e, depois, a construção do Forte Novo, ou do Castelo, com os quais cruzava fogo, passou a ter uma ação defensiva mais efetiva.

Baía da Horta

A baía da Horta foi palco de violentas investidas de piratas e corsários que, além de apresarem naus que se encontravam fundeadas, invadiram a Horta saqueando-a. Foi o que aconteceu em 1589 e 1597 a mando de dois corsários ingleses: o primeiro foi George Clifford, 3.º conde de Cumberland, e o segundo foi Walter Raleigh, que sob o comando de Robert Devereux, 2º conde de Essex, além de saquear a Horta, também mandou incendiar as igrejas da vila e dos arredores.

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Forte de São Sebastião

A nau “Nossa Senhora da Luz”, saída de Goa em fevereiro de 1615, naufragou junto à baía de Porto Pim, onde tencionava abrigar-se e fazer aguada quando ali chegou, em novembro do mesmo ano, calculando-se que tenham morrido cerca de 150 pessoas. Devido à importância e valor da carga que trazia, a Coroa organizou uma gigantesca operação para a recuperar. Até meados do século XIX o forte foi conhecido por Castelo da Cruz dos Mortos por ali existir uma Cruz que definia a área limítrofe para os padres da Matriz irem buscar falecidos.

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Guarita de Porto Pim

A baía de Porto Pim, onde se localizou o primitivo porto da Horta, desde o século XVII que foi equipada com posições defensivas que cruzavam fogo entre si de forma a evitar a aproximação de embarcações inimigas. Logo à entrada, a oeste da baía, ficava a Guarita do Porto Pim construção que ainda hoje podemos apreciar.

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